quinta-feira, 7 de novembro de 2013

 

Meu bem, quanto medo sinto
de perder esse sentimento tão profundo
Sentimento esse que cabe a mim dizer,
já faz parte de nós essa ilusão que é viver.

Palavras, sonhos, planos ...
de um futuro que ainda não nos pertence.
Me diga, sobreviverá à todos os naufrágios e tentações?
Viverá para o nosso futuro?

Meu bem, já é quase de manhã 
e você não dorme,
você sabe que não durmo antes que você feche os olhos
então ... encosta em  mim e repousa.

Amanhã já é outro dia, e hoje já é.
Só te peço, sonha comigo, me protege ...
Quanto medo sinto
de perder esse, esse tal de amor ! 

Por: Iazmin Lima Abreu.

quarta-feira, 23 de outubro de 2013

Volta ...


Aqui estou, disposta, pronta, viva ... 
Passou-se muito tempo, um ano especificamente, me ausentei, deixei de transcrever tudo que minha alma gritava aos quatro ventos. Isso me doeu muito, me endureceu até. Mas ...
Mas ... Aqui estou, aqui estou, não me canso de repetir.
Voltei pra ficar, pra transmitir tudo o que sinto e penso, a leveza das palavras me acalma, e não podia deixar isso fora da minha vida. Logo voltarei a postar como de costume.


Até perto !

terça-feira, 18 de setembro de 2012

Lucinda



Lucinda tinha um sonho.
Sonho de gente grande, apesar da pouca idade que possuía. Queria cuidar de gente, de trazer alegria, de arrancar sorrisos onde há tempos não se viam um sequer rastro de luz. Queria pintar, fazer dos rostos de crianças uma tela de pintura, talvez assim elas se imaginassem perfeitas. Queria iluminar olhares, fazer ser visto o irreal, o invisível. Como ? Só ela sabia.
Lucinda tinha um sonho.
Sonho de gente grande, de gente adulta, assim como ela se tornou. Trabalhou em escolas e hospitais, dando esperança aos que viam a luz se acabar. Mudou vidas, e estas a transformaram. Conheceu a tristeza de perto, a vergonha de se mostrar, conheceu crianças que mudaram sua vida, e essas lhe fizeram chorar.
Lucinda chorou por amor, chorou por realizar seu sonho. O de ser um anjo temporário na vida de cada criança que sentia dor, que possuía uma doença incurável, que estava queimada sem razão.
E assim era anjo, sempre disposta a ajudar.
E assim se foi, voando pela imensidão do céu, pois era de lá onde ela vinha.

Por: Iazmin Lima Abreu.

segunda-feira, 12 de março de 2012

LEMBRANÇAS DESCRITAS


Ei menina, lembra desse lugar? Frequentávamos todos os finais de semana, pra fugir do mundo talvez. Acreditava que ele pertencia apenas à você e eu, os outros? Meros turistas, que de alegres não tinham nada. Lembra das esperas mais produtivas que tínhamos um ao lado do outro?  Contávamos estrelas, víamos arco - íris onde à noite já prevalecia, esperávamos pela lua, pela nossa lua.
Ei, você lembra das lágrimas derramadas por motivos realmente importantes? Dos colos e mimos que eram dados quando mereciam? Eu lembro.
Lembra quando escovar os dentes era motivo de riso? E logo estávamos com biscoitos na mão? Sim, eu lembro das tardes correndo em porta em porta, dando abraços em todo mundo, lembro das quedas e tropeços que rapidamente se tornavam imprevistos provocados por mim mesma.
Eu lembro das ajudas, das lutas, das pessoas perfumadas que encontrei e que me encontraram nesse trajeto. Seus perfumes permanecem impregnados em minha existência. 
Lembro do medo dos dias de domingo, da insatisfação de não saber o que fazer. 
Eu lembro de mim.
Eu cantava o dia-a-dia. 
Amava meus amigos.
Honrava meu pai e minha mãe.
Gritava aos sete ventos o quanto eu era feliz. 
Eu me amava de corpo inteiro.
Via a beleza pelo coração, tricotava lençóis de vendavais, e cobria os corações desprotegidos.
Eu era simples, era feita de delicadeza, meus olhos transpareciam esperança.
E hoje, sou apenasmente eu mesma, com todos esses requisitos e com um acréscimo, aprendo dia após dia que o amor é tudo, tudo na minha vida inteira, é tudo o que eu tenho de melhor.

Por: Iazmin Lima Abreu.

domingo, 12 de fevereiro de 2012

ATOS PERDIDOS

 
Serenatas são cantadas nas janelas do bairro, podia se ver a ofegante palpitação dos corações das moças homenageadas. Logo se sente o calor do beijo roubado, do sentimento que vagarosamente preenche o espaço, permitindo que a sutileza de estar em contato com quem se ama seja um momento inesquecível. Demostrações simples e sinceras de um amor mais simples ainda. Atos perdidos pelo tempo, pela arrogância de pensar que demonstrar um sentimento à alguém é vergonhoso, é antigo. Atos de amor que são suplicados por moças que desejam amar, por cavalheiros  que à honram, e que querem construir uma vida futura ao lado de uma só pessoa. Há quem ainda acredite nisso, há quem faça isso, há quem ame pelo que o outro é, e não pelo que ele representa, há quem faça serenatas pelo grande amor da sua vida.

Por: Iazmin Lima Abreu.

sexta-feira, 13 de janeiro de 2012

Ah, um dia !


Sente-se; se acomode, permaneça aqui o tempo que for preciso, mas escute.
Tenho olhos que brilham como purpura, esses que escondem tanto meus medos mais obscuros, como meus sonhos mais mirabolantes que um dia hei de realizar.
Minha vida resume-se nisso, viver o que for sendo, viver o inacabado, o imperfeito, transformando tudo em um mundo de sonhos mágicos.
Sou lúcida ao dizer que sonho acordada, que gosto de ganhar flores, de comer nuvens de algodão.
Talvez, você que me veja andando pelas ruas da cidade, rodopiando de tanto rir, talvez você duvide da minha consciência, da minha incapacidade de deixar os pés no chão, mas olha, eu estou bem, estou feliz flutuando nas asas da imaginação. Só te peço um favor, não me puxe, não grite dizendo que tudo isso não passa de um sonho de menina, não me faça desacreditar no que eu mesma construí.
Sou menina sonhadora, gosto de voar, conhecer novos horizontes, um dia eu permaneço em algum lugar, piso firme, e aprendo a amar. Ah, um dia.

Por: Iazmin Lima Abreu.

sábado, 24 de dezembro de 2011

'SUTILEZA'


Ela nascera frágil, tão frágil que podia ser comparada à aquelas pétalas de rosas que sobrevivem a inúmeras incapacidades do ser vivo, de não saber no que se pode tocar quando algo necessita de uma extrema sutileza. Possuía assim, uma dignidade admirável, pois sendo frágil se permitia absorver os detalhes que a vida nos traz. Ela gosta de andar descalça, correr e pintar o céu. Faz da lua sua confidente, transbordando seus segredos na calmaria da noite. Canta como criança que canta por gostar, tropeça nas pedras, e com as mesmas constrói seus castelos imaginários. Ela sorri, sorri tanto que chega a contagiar. Suspira por não se conter de tanta alegria, e vive, e vive, e vive .. simplesmente por que sabe ser FELIZ !

Por: Iazmin Lima Abreu.

quinta-feira, 8 de dezembro de 2011

Árduo Olhar

Agia com meticulosidade, era preciso, pois a crueldade não parecia perecível aos olhos de quem dia após dia derramava lágrimas. Talvez não me entenda, mas confesso que seria um desperdício não relatar o que senti quando presenciei algo tão cruel, tão triste. Vi choros e mais choros angustiados, lágrimas que pareciam não ter fim, e que a cada queda sobre o assoalho, inundava todos os cômodos da sala de estar. Exagero? Jamais. O que havia acontecido não se tratava apenas de uma perda qualquer, uma perda de algo que se consegue viver sem, se trata de uma existência humana, um ser, um homem, imperfeito nas suas mais diversificadas qualidades, mais, um homem. Os choros eram por esse motivo, por perder, algo, alguém tão importante na vida de cada um. Ouvi um dia dizer, e agora, por motivos reais, pôde testemunhar que: ''Quando uma pessoa de que gostamos é tirada de nós, você nunca mais volta a ser o mesmo''.


Meticuloso : Que se preocupa com todas as minúcias;
Perecível : Acabar; Deixar de existir;

Por: Iazmin Lima Abreu.

terça-feira, 1 de novembro de 2011

'Sussurros'



A noite sussurrava a chegada dos desejos da alma, sussurrava aos que amam, possibilidade de se ter um ao outro, corpo a corpo. Eles entrelaçavam seus corpos, como se nesse movimento pudessem ungir aquela fiel promessa que queriam cumprir, a de permanecer juntos. E pelo amor que realmente existia, criou-se entre eles a certeza, de que a eternidade poderia realmente existir. Não podiam deixar de sentir, não podiam deixar de perceber esses pequenos fragmentos de luz que se misturavam na mágica divina da nossa existência.

Por: Iazmin Lima Abreu.

segunda-feira, 10 de outubro de 2011

'A Bela e a Fera'


Dois mundos totalmente distintos os separavam, dois corpos relutantes de fervor necessitavam da essência que alimenta e modifica o que somos. Ele, grande, mas cheio de medos, cheio de vergonha, cheio do fedor do sangue das almas vivas mais ingênuas que pudera matar. Ela, pequena, cheia de coragem, bravura, e porque não dizer temor ? Cheia de certezas, a delicadeza estava ao seu favor. Possuíam assim, diferenças incalculáveis, mas, por motivos maiores, por 'detalhes' maiores modificaram-se. E a beleza, essa deu-se pela sinceridade do coração, pela troca de emoções verdadeiras e por uma pétala que soube cair no chão.

Por: Iazmin Lima Abreu.

quinta-feira, 15 de setembro de 2011

'Morte'


Amanhece, e antes mesmo de se pedir mais um pouco de silêncio, já são ouvidas as badaladas dos sinos da igreja. Pela audição nota-se que se trata de uma morte. Morte! Nunca soube lidar com ela, não com a minha, com a dos outros, nunca soube realmente como me ausentar desse sufoco que ela causa ao peito. São choros e mais choros angustiados, e estes mesmos são engolidos pela triste notícia de quem vai pro céu, não volta mais. Procura-se refúgios para eliminar essa solidão, essa melancolia que sempre e nunca se trás em vão. Morte! Nunca soube lidar com ela, só sei que temos apenas a obrigação de deixá-la livre, solta, e independente. Ela sabe, sempre sabe a hora de vir.

Por: Iazmin Lima Abreu.

quarta-feira, 31 de agosto de 2011

'Definições Incompletas'


Ela costumava abrir todas as janelas, portas (...)' todos os meios onde houvesse saída, para que todos a vissem com clareza, vissem que ali não havia nada além dela própria. Olhava para essas aberturas, e de uma forma convidativa, procurava a quem chamar. A aventura persistia, a quem com ela soubesse cantar.
Foram dias chuvosos e tempestivos, outros com tamanho sol a se filtrar, e em todos eles, com eles ou sem eles, ela estava ali. Intacta. E sobretudo, FELIZ !

Por: Iazmin Lima Abreu.

domingo, 28 de agosto de 2011

'Delicada como uma flor'


Era claramente fácil perceber na face
Luz a me guiar.
Misteriosa como a lua se vestia nua
Sem medo de amar.

Silenciosamente lento corpo em movimento
Se pôs a bailar.
E para não ver a loucura
Escrevia versos de me admirar.

E assim se fez criança e eu sei sempre será.
Bailando na corda bamba
Seu jeito faz brotar a flor da esperança
Na flor que em mim está.

Era como ver Clarice e ela descobrisse
O depois do amar.
Era como chuva ao sol
Que sem saber ao chão vem a encontrar.

Era ela, sempre ela nessa aquarela
De mundo a rodar.
E sem saber virou princesa
E eu plebeu então me pus a cantar.

Autoria: José Mário.
Obrigada !

domingo, 21 de agosto de 2011

Simplicidade


Existe em mim um doce ato de alegria, de querer viver com a simplicidade que ninguém sequer sentia. Essa simplicidade que mostra os detalhes, que identifica o que realmente deve ser importante e o que deve ser valorizado.
Existe a lembrança, a mudança, e o tempo, existe uma enorme saudade, saudade do tempo de ontem, do calor de gente que vinha e ia, do sabor quente que se sentia ao provar da boca o proibido.
Existe a calma, a procura, a paixão, que nada mais é, a forma de não se sentir sozinho.
Existe em mim a doce verdade de um amor sincero, que não se exige, que não devora, só se pede, e se sente, o desejo de amar um ao outro.

Por: Iazmin Lima Abreu.