terça-feira, 18 de setembro de 2012

Lucinda



Lucinda tinha um sonho.
Sonho de gente grande, apesar da pouca idade que possuía. Queria cuidar de gente, de trazer alegria, de arrancar sorrisos onde há tempos não se viam um sequer rastro de luz. Queria pintar, fazer dos rostos de crianças uma tela de pintura, talvez assim elas se imaginassem perfeitas. Queria iluminar olhares, fazer ser visto o irreal, o invisível. Como ? Só ela sabia.
Lucinda tinha um sonho.
Sonho de gente grande, de gente adulta, assim como ela se tornou. Trabalhou em escolas e hospitais, dando esperança aos que viam a luz se acabar. Mudou vidas, e estas a transformaram. Conheceu a tristeza de perto, a vergonha de se mostrar, conheceu crianças que mudaram sua vida, e essas lhe fizeram chorar.
Lucinda chorou por amor, chorou por realizar seu sonho. O de ser um anjo temporário na vida de cada criança que sentia dor, que possuía uma doença incurável, que estava queimada sem razão.
E assim era anjo, sempre disposta a ajudar.
E assim se foi, voando pela imensidão do céu, pois era de lá onde ela vinha.

Por: Iazmin Lima Abreu.