segunda-feira, 6 de junho de 2011

' Homem velho / Homem que já viveu demais '


Teu semblante encontra-se velho, tão velho e tão vivido a ponto de que teus olhos já não reconheçam a feição das pessoas que estão a tua frente, as fazendo se sentirem inexistentes na vastidão da vida. Encontra-se tão velho a ponto de que teu corpo já pede descanso nos movimentos mais rotineiros e frágeis que hoje tu necessitas fazer. Teu coração agora pulsa com uma frequência lenta, que te faz suspirar a procura de meios que te favoreçam a permanecer vivo. Vejo um homem velho, que talvez um dia deixe tudo isso de lado e simplesmente se dispersa deste mundo e dos que um dia amou.

Por: Iazmin Lima Abreu.

sexta-feira, 27 de maio de 2011

' Beija - Flor '


Parada. Apenas olhando tudo o que estava a minha volta, deparei-me com a batida contínua das asas de um beija-flor, e antes mesmo que eu pudesse gravar todos os seus detalhes com meu próprio semblante, o vi bater em uma parede, que antes, estava ali só por estar, o vi cair e permanecer ao chão sem nenhum movimento .. Tudo o que eu fiz naquele momento foi por instinto, peguei ele e pus sobre meu peito, e mantive a esperança de que aquilo que aparentava ser tão frágil, me mostrasse que ainda estava ali, vivo. Coloquei-me disposta a ajuda-lo, mesmo sem nenhuma demonstração de existência, apalpei com a mão e rezei por aquele ser, e em um toque inesperado, pude sentir seu coração pulsar sobre minha mão .. A felicidade que tive naquele momento deu espaço para que eu o mostrasse a todos que estavam a minha volta. Alguns me disseram que ele não sobreviveria, outros apenas riram. Tive duas opções, larga-lo como estava, e seguir meu rumo naturalmente ou continuar cuidando dele, e aplicar toda a minha esperança e meu amor sobre aquele ser ingênuo. Hoje já se passaram 5 dias que estou ao lado dele, e sinceramente, sinto que fiz a escolha certa, sei que em algumas noites eu ia dormir com um enorme medo de que ao acordar ele tivesse partido. Mas ao acordar, dia após dia, ele se encontrava ali, ao meu lado, e me ensinando da melhor forma como se deve amar, amar sem pressa, e cultivar a cada dia o desejo de que o amanhã se ame mais e mais. Talvez amanhã ao acordar ele tenha partido, mas eu levo a absoluta certeza de que ele levou junto, o meu amor, e acima de tudo, ele partiu com vida.

Por: Iazmin Lima Abreu.

segunda-feira, 23 de maio de 2011

' O brilho que a escurdão esconde '

A escuridão devastou a cidade, e tudo o que parecia obscuro foi desvendado pela luz das estrelas. A monotonia das luzes incandescentes deu lugar a calmaria luminosa e sublime dos vagalumes, transbordando tudo aquilo que se torna perceptível quando as luzes se apagam. E quando o desejo ascende dentro do peito, e quando toda estrela cadente se fizer presente na imensidão do céu, algo simples e inesperado tomará conta do teu ser, algo que necessitasse da sensibilidade humana para ser notada, e da inocência de ter medo do desconhecido que todos nós temos. E então poderemos ver que mesmo na escuridão podemos ver um ao outro, podemos sentir um ao outro, por uma conexão indestrutível : a de sermos irmãos, de alma e coração !

Por: Iazmin Lima Abreu.

quarta-feira, 11 de maio de 2011

Minhas palavras, meus sentimentos ...


Meu corpo agora repousa sobre uma cama que apenas serve para solidificar meus pensamentos, para dar vida e elegância aquilo que até certo tempo se mantinha preso dentro de mim : Minhas palavras, meus sentimentos, resignados a se tornarem signos e se transcreverem em folhas e mais folhas de papel.
Continuo deitada, impregnada por uma súbita sensação que não se cessa, essa que me manda escrever coisas autênticas e sinceras, todas simples, mas sofisticadas.
Enlouqueço diante da diversidade de palavras existentes a minha disposição, todas prontas para se envolverem em qualquer ocasião que eu as coloque. Meu segredo é trata-las de modo que elas se dissolvam claramente para aqueles que as leem, mantendo o meu resíduo em cada palavra, finalizando assim minha construção : O texto, A escrita .

Por: Iazmin Lima Abreu.

quinta-feira, 5 de maio de 2011

Sede de ...


Tenho sede de amor;
E por maior que seja esse amor hesito em vivê-lo, pois sou como uma maresia tonteante, que indaga de forma brusca tudo o que ver pela frente. Devoro com os olhos a fragilidade de um amor sincero, onde a testemunha se desfaz quando ambas vão embora. E me dissolvo dentro de mim mesma, procurando uma maneira de amoldar-me a essas características que se dão quando alguém é amado.
Mas justamente quando estou prestes a compreender o que tudo isso significa, me deparo com a súbita sensação de não pertencer a nenhum desses grupos, esses que simplesmente amam, seja quem for.
Tento por vezes mostrar que o meu amor é diferente, o meu amor não exige nada a não ser, ser amado completamente. Sou estranha, pois guardo meu amor só pra mim e o mantenho dentro de um coração pulsante que aos pulos quer sair. Não transpareço o que sinto, pois não aprecio o óbvio e no entanto, gosto do mistério e do calor envolvente, onde vai se construindo aos poucos um sentimento, talvez eterno, ou não, mais infinito com certeza, chamado de Amor.

Por: Iazmin Lima Abreu.

terça-feira, 26 de abril de 2011

Memórias de uma imaginação maluca !

Procuro inspiração por todos os lugares onde estou e por todos os lugares que ainda vou, mas não a encontro. Talvez a encontre, mas ela aos poucos foge de mim, me levando a um desespero destruidor onde tudo se perde, e vai embora sem ao menos dizer se volta. Só agora me dou conta do que escrevo, não escrevo coisas reais e sim memórias de uma imaginação que eu mesma dei a mim. Uso o poder da imaginação, pois ela me dar oportunidade de escrever coisas as quais eu não vivi, seja a mediucridade da morte ou a inocência de um amor. Imagino, apenas imagino o que poderia ser e o que tem que ser vivido ou apenas guardado na minha memória maluca, onde a escrita se torna algo primordial. Escrevo o que imagino junto com o que gosto, pois jamais escreveria algo que fugisse do que eu sou.

Por: Iazmin Lima Abreu.

quinta-feira, 14 de abril de 2011

' Um Olhar Diferente '

 
Os meus olhos estão abertos, e tudo o que eles podem enxergar são reflexos de como eu me sinto. 
Agora, eu vejo um céu limpo e puro, cujas nuvens o enfeitam para que ele jamais esqueça que nunca está só.
Essas nuvens que mais se parecem algodão, que invadem de forma lenta, e que me protege do que distingo de ruim. Assim estou, envolvida na mais bela magnitude que possa existir, o céu, envolvida nas delicadas linhas do infinito, rumo a uma certeza absoluta, MINHA FELICIDADE!
Concluo que estou feliz, pois agora, olhando no reflexo de um rio, eu vejo meu reflexo e o reconheço, me mostrando verdadeiramente quem eu realmente sou.

Por: Iazmin Lima Abreu.

quarta-feira, 6 de abril de 2011

Continuarei Caminhando !


Dias difíceis passei, foi preciso eu sei, cada passo dado era um incentivo para se continuar a luta, estava só, mas vi você no reflexo do do meu próprio coração. Continuei caminhando e pude compreender o real motivo de eu ter feito isso. Quero que saibas que já não somos os mesmos de ontem , e tão pouco seremos amanhã o que somos hoje, demorei um certo tempo para perceber que nada poderia ser feito, e que essas mudanças tão drásticas e essas outras não tão notáveis estavam ali, e tínhamos que passar por elas e ficar com algumas delas, todos sabemos ou pelo menos você e eu, que elas vão determinar o que vamos ser de hoje em diante, o passado foi enterrado, as mágoas foram tiradas do peito e substituídas por algo melhor, as dúvidas e as incertezas continuaram presentes, elas nos mostram uma verdade suprema no momento certo. Tudo foi deixado para trás, mas nada foi apagado. Vamos continuar caminhando pelo horizonte, ele nos dará a felicidade que todos procuram, nos fará enxergar a essência de cada um, nos ensinando que não devemos temer e sim aprender, aprender que estamos aqui por uma razão, desconhecida, mas extistente.

Por: Iazmin Lima Abreu.

DURANTE UM SONHO !


Senti minha alma desprender-se de mim por um instante e nesse instante senti que não fazia mais parte desse mundo em que todas as pessoas são desconhecidas para mim. Foi um momento simples, onde o nada prevalecia na minha mente, me fazendo questionar da minha própria existência. Tentava tocar-me como antes, mas desconhecia cada centímetro tocado, aquele corpo já não me possuía, as pessoas que ali se encontravam zombavam da minha incapacidade de compreender que nada podia ser feito. Me mantive quieta, a procura de uma solução lógica, foi ai que percebi que eu morri apenas durante um sonho, um curto e desajeitado sonho, que ao acordar me fez soluçar de alegria, por ter entrado novamente no meu corpo.  

Por: Iazmin Lima Abreu.

quinta-feira, 24 de março de 2011

O EU POETA !


Sinto a tristeza de um poeta, aquele que chora por ter que escrever de dor, por ter que relatar com palavras aquilo que ele mesmo vivenciou. Seu olhar triste me provoca inveja, pois ele derrama as mais puras lágrimas de amor, mentindo ao dizer que jamais amou. Ele desconhece o que mesmo criou, pois vive por viver, sem querer memorizar os momentos que ontem concretizou. 
Seu reflexo mostra um ser comum, no qual busca nas diferenças um modo exagerado de ser reconhecido. O poeta ama, o poeta vive, ele inventa e reinventa, assim podemos sentir através do que ele constrói um universo único e particular onde o grande autor somos nós mesmos.

Por: Iazmin Lima Abreu.

terça-feira, 22 de março de 2011

A Princesa e o Plebeu


Um dia eu vou te conhecer,
Numa praia, ou num mar.
Aonde eu não sei.
Eu só sei que ei de encontrar.
Numa igreja, ou num bar.
Como a história que eu li,
Onde o Plebeu era eu. 

A Princesa e o dragão.
Feito o sol Plebeu a noite
Explode igual vulcão
E se acalma quando soa
Uma voz na escuridão
Plebeu segura forte 
Minha mão, meu coração.

Música feita por : José Mário ( Música de letra simples, pequena  e melodia agradável ) 
Obrigada ! 

quarta-feira, 16 de março de 2011

Deitada ao Meio - fio .


Deitada ao meio fio, olho para uma estrada que ah tempos ousei caminhar, mas hoje paro diante dela, e fico a espera do que ela me fará. Percebo que ela continua da mesma maneira que a deixei, me trazendo lembranças de coisas que vivi aqui. Continuei deitada, sem me preocupar com as pessoas que ali por perto transitavam, me olhando de uma maneira impiedosa, continuei ali, talvez a procura de uma resposta para as coisas que ali ficaram ou talvez a espera da minha própria volta, pois aquele lugar me pertencia como a qualquer outra pessoa que ali frequentasse, ele guardava tudo o que eu sempre desejei e conquistei fazendo daquele momento, um momento propício a reflexão, mostrando as escolhas que fiz e as que deixei de fazer, mas acima de tudo, me dando espaço para analisar o que eu tinha feito e escolhido até hoje.

Por: Iazmin Lima Abreu.

terça-feira, 15 de março de 2011

Metades de um sonho ;


 Hoje sonhei que eu estava com você, junto de você, mas no fundo eu sabia que aquilo só se passava de um curto e temporário sonho, no qual as imagens pareciam se destorcer a medida em que eu lutava para permanecer ao teu lado, até que em um breve momento tudo se foi, você, eu, o sonho, tudo não fazia mas parte de mim, eu simplesmente acordei. Fiquei surpresa, pois já havia um certo tempo que eu não recordava de tais sonhos e de determinadas reações que eu tinha sentido neles. Me senti na obrigação de procurar-te pois lembro bem que no nosso último encontro foi você que fez isso, e na partida eu sempre me oprimia, evitando o nosso contato, mas dessa vez eu iria fazer diferente, iria te mostrar o que eu vi e senti no meu sonho, ia te dizer as palavras que ficaram guardadas com medo de não serem levadas a sério, e mostrar que ao contrário do que parecia ser, tudo o que havia ali era puro e sincero. Você apareceu, mas desta vez, eu fui até você, e te abracei, não queria falar nada, apenas te olhar, te abraçar e te mostrar através de um beijo o verdadeiro AMOR que sinto por ti .

Por: Iazmin Lima Abreu.

segunda-feira, 7 de março de 2011

' O que gosto '

 
Gosto da mistura perfeita que o azul do céu e as nuvens que lá habitam se cruzam, a procura de estabelecer uma harmonia tão bela, capaz de nos proporcionar o desejo instigante de querer observá-lo.
Gosto da maneira com que as plantas crescem, pois as aprecio no momento em que a lentidão e o desabrochamento se tornão presentes, e observo que elas crescem, seja esse crescimento perceptível ou não.
E principalmente, gosto da luz e da elegância que a lua me traz, me fazendo enxergar o que as luzes da cidade jamais me permitiriam ver. Adoro a delicadeza com que ela aparece, me deixando em um extâse profundo, no qual nenhuma droga poderia me deixar. E quando ela ah de ir embora, eu procuro dormir pra amanhã poder ver o que ah lá fora.

Por: Iazmin Lima Abreu.

quinta-feira, 3 de março de 2011

O que se pode ver quando a janela abre !

 

Eu abri a janela várias vezes, para me certificar se o que eu havia visto a pouco ainda estaria lá, talvez a minha espera, ou apenas a espera que eu vá embora. É estranho a sensação de alegria que me dá ao saber que o que eu mas necessito ver, estar a uma distância muito curta, uma que eu posso decidir vê-la ou não, abri-la ou não. A minha ansiedade se transforma em algo inssessante, onde a minha curiosidade e a minha procura se tornão algo inssaciável enquanto eu não consigo o que quero, algo bem simples como eu quero agora, eu quero ter e ver a lua através da minha janela, eu quero ter a oportunidade de conseguir registrar o que eu vejo e o que eu sinto sem ter que explicar o que se passa no meu coração, necessariamente eu não exigiria mas nada, apenas existir, para poder saciar o que o mundo me oferece.

Por: Iazmin Lima Abreu.